Quando a gente vira adulto?

Outro dia matei uma barata imensa, que estava na divisa da porta do estúdio. Ela já estava grogue, é verdade, mas calcei botas de couro, me armei de inseticida e PÁÁÁÁ, descarreguei meio pote nela. A bicha cambaleou, cambaleou, mas saiu andando e não tive outra opção senão PÁÁÁÁ, descarreguei meu pé-protegido-pela-bota nela. Passei as próximas horas me sentindo muito adulta por ter sido capaz de matar uma barata (não, não catei, deixei no quintal pras formigas fazerem o trabalho sujo).

Um pouco depois, dei conta de alguns afazeres domésticos/diários chatos, mas fiz tudo com maestria, antecipação, convicção: comprei e montei as marmitinhas de "comida natural" da cachorra no mesmo dia, não deixei acumular louça suja na pia, troquei roupa da cama sem pressa (e ainda combinandinho), organizei a lavanderia, a mesa de trabalho, a agenda (ok, já tá desorganizada de novo, mas #mideixa!)

Contei pra B. sobre esse sentimento. E ela: mas você criou 3 filhos, COMO ainda tem dúvida se é ou não adulta???

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A vida tá beeeeem desafiadora. Grana curta, trabalho que não avança de modo fluido, sempre truncado, sempre corrido. Humor do cão, discussões quase que diárias, falta de uma perspectiva de sossego. Desisti da minha bolsa-sanduíche, isso me magoou profundamente. Só a mim, ninguém do meu entorno se incomoda, sequer lembra disso. Azar o meu. E é, toca o barco. Isso é ser adulta, dar conta sozinha dos meus perrengues?

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Mas no meio do caos, coisas interessantes acontecem. Fiz um projeto pra participar de um edital do governo. Em dois dias. Eu sou caos mas ainda assim dou conta.

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Rita Lee morreu. Estava doente, câncer no pulmão diagnosticado há 2 anos. Ela é, provavelmente, minha maior referência de cantora brasileira. Fui a shows dela, gostava de sua irreverência (especialmente mais velha), de sua autonomia do pensar, de seu jeito irônico e, ao mesmo tempo, pé no chão, de lidar com a vida cotidiana capitalista. Fez música, fez dinheiro, fez família, mas ainda assim fez o que quis. Ídola.

Amor e sexo

Amor é um livro Sexo é esporte Sexo é escolha Amor é sorte

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Amor é para sempre Sexo também Sexo é do bom Amor é do bem

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Não é que eu não esteja mais escrevendo rotineiramente. Eu estou, mas não AQUI.

Abri um .doc e ando escrevendo um apanhado de ideias e insights que me ocorrem durante o passar dos dias, direcionado para o M. O título desse arquivo é "O começo do fim". Já dá pra ter ideia do que seja por aí, não?...

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Guardei por tempos na minha caixa de email, na vã esperança de que fosse conseguir voltar a esse texto e desenvolver ... sei lá.

"Tatu do bem", o título.

Quando li, fez sentido pra mim...

Tatu do bem a vida estar bagunçada às vezes, e otras cositas más.

Vai lá ler, ver se tatu do bem pra você também.

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A imagem do post de hoje é de um tatu, tirada do site da revista National Geographic Brasil. O bicho é esquisito, mas é mamífero, inofensivo, servem de inspiração para projetos humanos de defesa, existe há milhões de anos... Diferente. Gosto disso. Gosto do diferente mas com sentido.