top of page

Eu tenho um cabeção...

Cara, é impressionante, a cabeça não para de pensar um segundo sequer por aqui... Não que ache que eu seja muito inteligente (não acho), é só a intensidade e a quantidade imensa de pensamentos manhã-tarde-noite-madrugada adentro...


****


Tenho retomado as idas na casa dos meus pais e resgatado as últimas coisas 'úteis' de lá. Mas a questão é definir o que é utilidade. Um conjunto de cartas e postais da minha juventude nos anos 80 é útil? Uma caneta que não funciona mas tem o nome do meu avô gravado nela é útil? A milionésima toalhinha bordada é útil? Um lenço de algodão com as iniciais do meu pai é útil? Colherinhas achadas na gaveta são úteis? Mesmo se não forem de jogo nenhum? Livro de matemática do segundo ciclo (hoje ensino médio) que foi do meu pai é útil? E as pastas com projetos do trabalho dele (ele era engenheiro), são úteis? Uma peça pequena de metal em forma de gota, pintada, que insinua ser um enfeite se pendurado numa correntinha, é útil? Extratos de banco dos anos 90 são úteis? Declaração de amor da prima-amada em forma de cartão, que já me conhecia E ME AMAVA desde a infância, é útil?...


****


Aquela premissa estabelecida em fevereiro (ver aqui) de não comprar nada nesse ano de refrear o consumo realmente naufragou. Não que eu tenha gastado horrores nesses meses, não gastei. Mas comprei uns mimos aqui outros ali, #fato. É que tudo tem sido tão insano, confuso, afetado neste último ano... que pequenas compensações acabam sendo importantes. White people problems, eu sei. Mas é o que temos por aqui hoje.


****


Ensaiei um texto sobre 'design e projetos', mas não concluí. Vou registrar aqui, pra não perder o mote. Basicamente, a ideia que queria desenvolver é que minha formação de designer me ensinou a importância de se ter/fazer/definir projetos, mas eu, paradoxalmente, não sinto que cumpro à risca esse conceito. Ainda assim, ando percebendo um frisson pela frente, relacionado com... projetos!!! Deve estar associado ao reinício das aulas do Doutorado (vou cumprir 4 disciplinas – não sei como, mas vou! rsrs), à acomodação natural da vida pós-pandemia, depois de 18 meses de desassossego com o Covid, talvez até mesmo com a aproximação da primavera, com o natural florescimento de tanta coisa (li por aí que a primavera é uma estação de transição, que definição perfeita!).


****


Aliás, a primavera... ahhh, a primavera. Interessante como acho que sou lenta pra perceber sinais, mas eles estão aqui SIM e eu acabo vendo SIM. Hoje, domingo, me deu vontade de ir no Ceasa e voltei com plantinhas e FLORES!


Perambulando pela internet, achei um texto interessante, dentre muitos, sobre esse tema:


"A primavera é uma estação de transição. Ela representa o tempo da despedida das frias paisagens e do preparo para entrar no tons quentes do verão. As flores são a marca principal da primavera. A natureza desabrocha e se enfeita para nos mostrar que um novo ciclo se inaugura. Vai embora o gelo, o cinza, o tempo de recolhimento e a natureza se revela multicolorida. Ela resistiu aos tempos secos e frios, resistiu à letargia e à hibernação, mostrando que a vida permaneceu latente e agora se refaz.


Abra espaço para que o novo brote. A nova estação chega assim, com promessa de inteireza, de luz, de brilho, de aromas renovados, de cantos de pássaros namorando no alto das árvores, de vento levando pólen para fertilizar os campos, de borboletas voando ligeiras com tantas flores para pousar. No tempo da alma, a primavera se assemelha ao momento de lançar nossas ideias, de deixar o ar de novos tempos ventilar nossas mentes e corações, de abrir espaço para que o novo brote. Abrir as janelas da alma, para que o aroma embolorado do inverno se dissipe e o perfume das flores faça morada em nós. É a temporada de acreditarmos em novas possibilidades, de nos encantarmos com a beleza dos pequenos detalhes que passaram batidos nos dias cinzas.


Mas para viver a intensidade dessa temporada é necessário exercitar a entrega. É preciso deixar ir o inverno, acreditar que outras experiências são possíveis. A primavera convida: abra-se, permita-se, aproveite as oportunidades dessa brisa nova, relacione-se, sinta a beleza que há lá fora.


O texto inteiro tá aqui, é muito bonito.


****


Diante dessa inquietação de sentir o frisson de mais uma primavera chegando (e parece que esta será A primavera) e de ter/perceber/desenhar novos projetos, tenho pela frente uma decisão muito importante (muuuiiitoooo), que está relacionada com meus próximos anos. Nunca fui de pensar com tanta antecipação assim, de projetar tão grande assim, mas essa ideia (que sequer quero colocar em palavras ainda) já aparece bem clara no meu cabeção. Por ora, basta fazer essa anotação aqui: onde vou escolher estar/viver nos próximos 20 anos? Should I stay or should I go...




 
 
 

Comments


Formulário de inscrição

Obrigado(a)

  • Instagram
  • Instagram
  • Instagram

©2023 por Timo/Uniqua.

bottom of page